Pesquisa britânica encontra micróbios vivendo abaixo de uma cratera nos Estados Unidos, um indício de que forma semelhante de vida pode existir também no planeta vermelho

Superfície de marte com suas crateras
Cientistas da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, encontraram organismos minúsculos vivendo e se prosperando a quase dois quilômetros abaixo da superfície da Terra, em uma cratera nos Estados Unidos onde um asteroide colidiu há 35 milhões de anos. O estudo sugere que tal descoberta pode ser um indício de que exista vida semelhante em Marte, planeta muito atingido por impactos de rochas espaciais.
A perfuração, realizada pelos pesquisadores britânicos, ocorreu abaixo de uma das maiores crateras formadas por impactos de asteroides da Terra, localizada no estado americano de Virgínia. As amostras revelaram micróbios espalhados de forma desigual por toda a região da cratera, provando que localidades deste tipo são favoráveis à existência de vida.
O calor da colisão de um asteroide é capaz de matar todos os organismos vivos da superfície. Mas, ao mesmo tempo, é responsável por formar fraturas no solo, por onde escorrem água e nutrientes necessários para a existência de vida.
“As áreas profundamente rachadas em volta das crateras de impacto fornecem um refúgio seguro para que os micróbios possam florescer por longos períodos de tempo. Nossos resultados sugerem que o subsolo de crateras em Marte pode ser um lugar promissor para buscar existência de vida”, explica o astrônomo Charles Cockell, um dos autores do estudo, publicado na edição de abril do periódico Astrobiology.
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